sábado, 20 de julho de 2013

A máquina do tempo existe

Nos últimos anos, recebi muitas mensagens e telefonemas no dia 20 de julho, mas nunca tinha comemorado esta data, como acontece no aniversário, Natal ou dia dos namorados.
Mas hoje, o dia do amigo foi muito além de frases copiadas. A Jornada Mundial da Juventude fez com o que o Claudinho viesse ao Rio de Janeiro, após quatro anos morando em Sampa.
Vi nessa celebração ecumênica a oportunidade de reunir a turma que começou a andar junta durante a Crisma, mas que se separou na fase adulta.
Liguei, enviei torpedos e mensagens no facebook. Recebi seis respostas positivas e apenas uma negativa, pois esse amigo já estava com uma viagem marcada.
Eu, Thiago, Sanmer e Cabeça somos amigos de infância. Conhecemos Fabio, Gabriel e Claudinho durante a Crisma da Paróquia Divino Salvador, em 1999. Com eles eu conheci a noite, fiz as primeiras viagens, fui aos primeiros shows, tomei os primeiros chopps, azarei as primeiras menininhas, montei uma banda. Enfim, conheci a maioria dos prazeres da vida. Mas o tempo passou, teve gente que se casou, um até se separou. Outros são pais e o mais novo foi morar em outro estado. Desde 2005, não conseguimos mais conciliar nossas agendas. Na época, começamos a nos dedicar a Engenharia, Estatística, Economia, Relações Internacionais, Informática e Jornalismo. Admito que houve algumas divergências desnecessárias neste período, mas não somos mais meninos e nada conseguiu apagar o que vivenciamos.
Às 3 horas da tarde do dia 20 de julho de 2013, estávamos reunidos novamente.
Começou com o almoço, depois vieram os chopps e as histórias inesquecíveis da melhor fase das nossas vidas.

Nossas vidas mudaram muito, mas os sorrisos e os abraços continuam os mesmos.

É claro que esse reencontro não poderia chegar ao fim sem nenhuma pérola para guardarmos na lembrança: 
A senhora se aproxima da mesa e pergunta: "Vocês são da jornada?"
O amigo responde: "Sim, da jornada nas estrelas." 
Quem nos conhece já deve saber quem foi o autor da resposta.
Mas esse momento me fez lembrar do saudoso Douglas Nunes, que faleceu vítima de um câncer em 2009. Ele foi meu vizinho nos anos de 2006 e 2007, mas neste curto período, ele fez parte das raras reuniões do grupo, que na época já não contava mais com o Sanmer, Thiago, Gabriel e Max.
O Douglas era da Marinha, e por causa do corte de cabelo uma senhora bem idosa comentou no ônibus: "O seu cabelo parece com o de soldado." Ele olhou bem sério para a senhora e respondeu: "Eu sou soldado, o soldado universal!" Eu tive uma crise de risos. A partir daquele momento, ele deixou de ser o Douglas. Saudade do Soldado Universal... 

Já faz duas horas que o nosso encontro acabou, mas ainda estou embasbacado, com os olhos marejados e um sorriso infantil no rosto.
O dia do amigo nunca mais será o mesmo.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Quando a canção passa a ser sua

Quando ouço o Lifehouse ou o Switchfoot, coloco para tocar a discografia completa e sempre mato saudade das duas bandas na mesma época.
Neste fim de semana não foi diferente, pluguei o pen drive com as duas discografias no rádio do carro.
Estava na audição do quarto disco do Switchfoot, The Beautiful Letdown, lançado em 2003, mas quando chegou na oitava faixa do álbum, a animada "Gone", comecei a procurar o celular dentro do carro. Logo caiu a ficha, pois já faz dois anos que essa música não é mais o toque do meu celular. 
Com o advento das redes sociais e do whatsapp, as ligações entre amigos ficaram escassas. Quero dizer, eles sempre me ligam quando estou atrasado, o que acontece com bastante frequência. Como não atendo, eles ligam várias vezes, então o toque do celular tem que ser um som que me agrade.
Mas a exaustiva repetição das músicas me confundiu, pois quando ouvi a introdução de Gone ontem, demorei a entender que aquele trecho não era apenas o toque do MEU celular, e que originalmente a música é de uma banda que gosto.
Mas não é a primeira vez que isso acontece, já tive que devolver ao mundo outras canções incorporadas ao meu catálogo.
Sem muito esforço, lembrei de algumas, numa possível ordem cronológica que daria uma boa coletânea de rock, começando em 2008:

1)


2)


3)


4)


5)


6)


7)