domingo, 1 de dezembro de 2013

Se eu te contasse o que só Deus sabe

Após a comunhão, na Missa deste domingo, refleti sobre a minha honesta relação com Deus e obscura com os "vocês" da minha vida.
Se você fosse Deus...
Saberia que agradeço quando te faço sorrir.
Saberia que me envergonho todas as vezes que sou intolerante.
Saberia que peço perdão sempre que te magôo.
Saberia que quando estou irritado, nenhuma das ásperas palavras que saem da minha boca, partem do meu coração.
Saberia que a minha suposta indiferença é só uma arma de que tem medo de se perder num sorriso.
Saberia que se te dou um abraço apertado, sempre agradeço pela sua presença e peço bênçãos para a sua vida.
Saberia que conheço bem os meus defeitos e dificilmente meu erro não é intencional.
Saberia que me sinto hipócrita por repetir as mesmas coisas toda semana sem mudar nada.
Saberia que não me sinto merecedor de tantos "vocês" especiais em minha vida.
Saberia que não tenho fé suficiente para te dizer isso.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Quando fui um personagem da série Cold Case

Não preciso falar muito sobre a Rádio Cidade neste post, pois não é novidade para ninguém que ela foi a principal responsável pela minha paixão por rádio. Foram 10 anos ouvindo a rádio 24 horas por dia.
Tirei a habilitação com 19 anos, em 2003. Foi quando descobri que a Cidade também era perfeita como trilha sonora das minhas aventuras pelas ruas do Rio. Na época, o rádio do carro só tinha um dial gravado na memória: 102,9
Como a Cidade acabou em março de 2006, sintonizei outras emissoras no rádio do carro: JB FM, Paradiso FM e CBN.
Quando queria ouvir rock no carro, enchia o porta-luvas de CDs. Mas não era a mesma coisa, pois só a rádio me surpreendia. Uma espera sempre gratificante pela próxima música.
Nas últimas semanas, especulou-se muito sobre o retorno da Rádio Cidade ao dial 102,9. Mas nada de concreto aconteceu até agora. Eu disse que não era um texto sobre a Rádio Cidade.
Neste fim de semana, fui a São Paulo dirigindo para visitar alguns amigos. Para a trilha sonora da viagem, fiz um repertório karaokê, com MPB e rock nacional.
Quando estou na estrada, não gosto de conversar. Aumento o som e vou viajando nas curvas e placas. A amiga que foi  comigo até a metade do percurso, entendeu que teríamos o resto da vida para conversar, mas na estrada não. Quando a pessoa não tem essa sensibilidade, aumento volume aos poucos, até que seja impossível o diálogo.
Quando cheguei na capital paulista, estava sozinho no carro e o repertório de MPB se aproximava do fim. Cheguei no meu primeiro destino ao som de Sá, Rodrix e Guarabyra.
Cumpri o meu compromisso na terra da garoa, e no dia seguinte, segui para a segunda visita. Desta vez, em São Bernardo do Campo.
Após um fim de semana feliz, convivendo com pessoas muito queridas, dei a partida de retorno na ignição do carro com um sorriso no rosto. Quando apertei a tecla "power" do rádio, lembrei que ali estava a oportunidade após 7 anos, de novamente ser surpreendido por uma rádio tocando meus artistas favoritos. Sintonizei 89,1 FM, a Rádio Rock de São Paulo, que era a matriz da Rede Rádio Rock, da qual a Rádio Cidade fez parte de 2000 a 2006.


Peguei a Anchieta ao som da rádio que mais poderia se aproximar da saudosa Rádio Cidade. Até o padrão de vinhetas é o mesmo até hoje. Era como eu estivesse revivendo minha adolescência num novo lugar. Chovia fraco em São Paulo, mas mesmo assim abri o vidro e fui seguindo a rota indicada pelo GPS, cantando,  como há 10 anos. Quando estava acessando a Marginal Tietê, por volta das 16:40, ouvi o " Do-do-do do-do-do-doodoo-do-do-do do" da introdução da música do Semi-Charmed Life, do grupo Third Eye Blind. Foi um total Déjà vu. De todas as músicas que tocavam na Rádio Cidade, essa era a que mais levantava o meu astral. Lembro com clareza de um momento que a ouvi na Cidade, dirigindo pela Avenida Niemeyer, num fim de tarde do verão de 2004.


Aumentei ainda mais o volume e viajei no túnel do tempo, com os pingos de chuva batendo no meu braço que estava para fora do carro, como um maestro regendo uma orquestra.
Eu não queria que a música acabasse, pois estava novamente com 19 anos, com um sorriso juvenil. Foi como eu estivesse indo paquerar aquela menina que conheci em um show ou encontrar os amigos num domingo a tarde. Mas esse momento durou 3 minutos e 53 segundos, o suficiente para marejar os meus olhos de tantas lembranças boas.
A chuva apertou e fechei o vidro. Mas mesmo assim segui ouvindo a 89, Pearl Jam, Queen... Acessei a Dutra e a transmissão ainda estava muito boa. Quando já estava chegando em Guarulhos, por volta das 17:15, o sinal da rádio ficou fraco, com chiados. Mas eu queria aproveitar até o último centímetro do limite da cobertura da Rádio Rock. Minha persistência foi recompensada: A última música que consegui ouvir na íntegra foi uma versão ao vivo de Black Hole Sun, do Soundgarden. Apenas a minha música favorita da minha banda preferida.


Coincidência? Prefiro ficar sem a explicação.

Mudei a função do rádio para USB e continuei a viagem com a melancolia do Vander Lee.

domingo, 20 de outubro de 2013

Inconstante

Inconstante como um dia de verão
Talvez eu fale muito
Talvez eu sinta pouco
Tenho certeza que não conheço o eterno

Inconstante como o futuro
Eu pensei em alguém ontem
Já esqueci hoje
Continuarei confuso amanhã

Inconstante como um esquizofrênico
Busco o que quero
Nego o que desconheço
Mas ainda me surpreendo

Inconstante como as batidas do coração
Aproveito o pulsar das veias
Me sinto vivo quando falta ar
Puro egoísmo


CANTHARINO, Renato.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Entre os dedos

Entre os dedos
O vazio faz sentido
Entre os dedos
Escapa o que é valioso
Entre os dedos
Chocam-se os anéis da vaidade
Entre os dedos
Os vãos formam uma garra perigosa
Entre os dedos
A posição correta para uma despedida
Entre os dedos
Há espera por um encaixe
Entre os dedos
Enxergo além do meu mundo
Entre os dedos
Passam as chamas que me queimam
Pois coloquei a mão no fogo por mim mesmo.


CANTHARINO, Renato.

domingo, 22 de setembro de 2013

Quase famosos

Na última quinta-feira, assisti pela primeira vez o filme "Quase Famosos", que conta a história de um adolescente que acompanha uma turnê de uma banda de rock como correspondente da Revista Rolling Stone. Nas últimas semanas, tenho feito um trabalho de resgate do material da banda Mandril, por isso me identifiquei tanto c5om o rapaz do filme.
Mas esta história começa muito antes, para ser mais preciso, no ano de 1989. Eu era uma criança com apenas 5 anos, mas já subia na janela do apartamento para ver os adolescentes que tocavam rock no terraço de uma casa vizinha. Era a Banda Não, que logo depois virou Piu-Piu e Sua Banda. Em 1993, o Piu-Piu e Sua Banda já estava entre os 3 principais grupos de música independente do Rio de Janeiro. Já era rotina ver Rogério Piu Piu (voz), Marcelo Pedra (baixo), Tavinho Menezes (guitarra), Alexandre Cegão (percussão)  e Fabio Brasil (bateria) em jornais e programas de TV.
Antes de completar 10 anos, comecei a me aproximar deles, sempre interessado na música, que naquele momento já era uma paixão incontrolável. Como os dois líderes da banda eram meus vizinhos, e a mamãe os conhecia desde quando eram crianças, nunca foi problema o fato de serem 13 anos mais velhos. Eu já era o "mascote" da banda em 1994, pois participava de praticamente todas as reuniões. Em 1996, fui pela primeira vez em um show do Piu-Piu e Sua Banda. O tão esperado disco só saiu em 1997, muito depois de todas as outras bandas contemporâneas. Lembro com clareza da emoção que senti ao ouvir uma música do disco no programa Cidade do Rock, da Rádio Cidade. Mesmo com a boa repercussão do CD no cenário musical carioca, a banda já não era prioridade para os integrantes, e chegou ao fim após um show na Fundição Progresso, em 1998. No livro "Esporro", lançado em 2011 pelo jornalista Leonardo Panço, o Piu-Piu e Sua Banda é o grupo com maior destaque na publicação, que conta detalhes da "geração Garage" do rock carioca.
Com o fim da banda, fiquei órfão da parte mais bacana do início da minha adolescência, pois o contato com o pessoal da banda me fez transitar em dois grupos de amigos na vila onde cresci: os amigos da minha idade (que citei no post anterior) e o pessoal que tinha em média 10 anos a mais do que eu.
Mas Rogério Piu-Piu e Marcelo Pedra se reuniram novamente em 2000. Deste reencontro surgiu o Mandril, uma banda com proposta totalmente diferente do Piu-Piu & Sua Banda.
A primeira formação do Mandril era praticamente a mesma do grupo anterior, com a adição de uma segunda guitarra por Nelson Burgoz Leroux e de teclado por Renato Rocha.
Era a chance de voltar a me divertir nos shows, ensaios e reuniões. Em 2001, o grupo lançou o primeiro CD demo, chamado Duodeno. Logo após o lançamento, três integrantes saíram da banda. Fabio Brasil e Renato Rocha também tocavam no Detonautas, que na época estava começando a fazer sucesso. Já o Nelson estava iniciando um projeto solo, o Nelson e os Gonçalves. A bateria foi assumida por PC Stocc (ex- Unabomber), a segunda guitarra por Marcelo Pulga e o teclado foi abolido do som da banda.
Em 2002, o Mandril participou da primeira edição da coletânea "Tributo ao Inédito", que reuniu os 10 principais artistas independentes da cena musical carioca. Porém, uma semana antes do show de lançamento da coletânea, o Rogério Piu-Piu deixou a banda. Ele queria dedicar-se mais a sua filha e andava insatisfeito com a rotina de shows, ensaios e gravações. O vocalista Dias Jr. foi aprovado no primeiro teste. Era o início da principal formação do Mandril. Neste época, eu tinha 18 anos, e estava mais conectado a banda do que em qualquer outro período. Eu era o sexto integrante: empresário, assessor, roadie e fã número 1. Como eu já apresentava os shows do Mandril, comecei a apresentar também os shows de divulgação do Tributo ao Inédito.
Com a saída do Rogério Piu-Piu, a minha amizade com o Marcelo Pedra se fortaleceu. Hoje em dia, vejo nele o meu irmão mais velho. PC Stocc e Dias Jr. também entraram em pouco tempo na lista das pessoas mais queridas da minha vida.
Em 2004, a cena da música independente começou a perder força no Rio de Janeiro, e o Mandril fez menos shows do que nos anos anteriores. Em março de 2005, o Mandril fez a última apresentação. Após alguns meses, o vocalista Dias Jr. mudou-se para Fortaleza, acabando assim com qualquer esperança de retorno da banda.
Foram dezenas de shows, madrugadas de ensaios, reuniões, viagens e muita, mas muita diversão.
O Mandril tinha um problema grave. A banda era tão ligada na parte musical, que a internet nunca foi utilizada como meio de divulgação do trabalho. A banda gravou dois CDs e participou das duas primeiras edições da principal coletânea de música independente da década passada, mas mesmo assim era impossível achar uma música da banda na internet. Após tantos anos de ostracismo virtual, criei uma página no Facebook e uma conta no YouTube, onde disponibilizei todas as canções da banda. Além das músicas dos dois discos, também disponibilizei versões exclusivas e músicas inéditas. Link da conta no YouTube: http://www.youtube.com/channel/UC_jar90gocnC9ChRo2mYxTQ

O Reencontro:
O Dias Jr. é o fã nº 1 do Faith No More no Brasil, e os integrantes do grupo se reuniram em 2009, após 11 anos separados. O Rio de Janeiro estava no calendário da turnê de retorno. Fiquei sabendo que o Dias Jr. viria ao Rio para assistir o show, então comentei com o Marcelo Pedra a ideia de fazer um churrasco de reencontro dos integrantes do Mandril. O Marcelo gostou da ideia e foi mais além: um reencontro entre os músicos que participaram das principais formações do Piu-Piu & Sua Banda e do Mandril.
Como aconteceu em 02 de novembro de 2009, dia de finados, o evento ganhou o título de "o rock não morreu". Mas naquele dia, o sentimento de amizade que se mostrou imortal. O som começou a rolar às 10h e só terminou às 19h. Quatro guitarristas, três bateristas, dois baixistas e vários vocalistas. Foi sem dúvida o dia mais alegre da minha vida. Revisitamos com canções os nossos últimos 20 anos.



Um fato curioso daquela data é que dias antes eu tinha terminado um relacionamento, e estava marcado um encontro para uma possível reconciliação na noite daquele dois de novembro. Quando a encontrei, ela me viu mais feliz do que em qualquer outra ocasião. Eu estava totalmente sem voz, com um sorrisão de orelha à orelha. Foi difícil explicar o motivo de tamanha alegria logo após o término, mas a noite acabou bem.
No próximo domingo, dia 29, faremos um novo reencontro com muita música e boas histórias.
Nem todos poderão comparecer, pois três integrantes da última formação do Mandril estão morando fora do Rio: Marcelo Pedra vive em Brasília, pois agora é consultor do Ministério da Saúde. PC Stocc é geógrafo do Inea e mora em Bananal-SP e o Dias Jr. é um dos principais músicos da noite de Fortaleza. Isso mesmo, os meus três maiores amigos desta história. Mas estamos juntos sempre que é possível.

Por causa dessa experiência com a banda, durante boa tarde da minha adolescência eu fiz questão de ser precoce e inovador.
Nos anos de 2001 e 2002, eu conciliei o Mandril com mais duas atividades, que juntas ocupavam todo o meu tempo. Eu era o coordenador de Crisma mais jovem da minha paróquia, que tinha o segundo maior número de crismandos do Rio de Janeiro. Como também já citei anteriormente neste blog, eu participava do grêmio do colégio. No final de 2001, participei de uma chapa de protesto na eleição para a direção do colégio. De acordo com um repórter que entrevistou os integrantes da chapa na época, outro caso semelhante só tinha acontecido na Itália, em 1974. Criamos um grande problema para a Secretaria Estadual de Educação e fui reprovado por falta.
Gastei boa parte da minha jovialidade e disposição naquela época. Quem me vê agora, após 10 anos, sem disposição, reclamando de dores no joelho, na coluna, mal humorado, pode até não acreditar que tive uma adolescência tão bacana e agitada.
Me imagino daqui a alguns anos, contando para um descendente como foi possível ter uma juventude fantástica sem vícios ou grandes problemas, apenas escolhendo as amizades certas.

sábado, 20 de julho de 2013

A máquina do tempo existe

Nos últimos anos, recebi muitas mensagens e telefonemas no dia 20 de julho, mas nunca tinha comemorado esta data, como acontece no aniversário, Natal ou dia dos namorados.
Mas hoje, o dia do amigo foi muito além de frases copiadas. A Jornada Mundial da Juventude fez com o que o Claudinho viesse ao Rio de Janeiro, após quatro anos morando em Sampa.
Vi nessa celebração ecumênica a oportunidade de reunir a turma que começou a andar junta durante a Crisma, mas que se separou na fase adulta.
Liguei, enviei torpedos e mensagens no facebook. Recebi seis respostas positivas e apenas uma negativa, pois esse amigo já estava com uma viagem marcada.
Eu, Thiago, Sanmer e Cabeça somos amigos de infância. Conhecemos Fabio, Gabriel e Claudinho durante a Crisma da Paróquia Divino Salvador, em 1999. Com eles eu conheci a noite, fiz as primeiras viagens, fui aos primeiros shows, tomei os primeiros chopps, azarei as primeiras menininhas, montei uma banda. Enfim, conheci a maioria dos prazeres da vida. Mas o tempo passou, teve gente que se casou, um até se separou. Outros são pais e o mais novo foi morar em outro estado. Desde 2005, não conseguimos mais conciliar nossas agendas. Na época, começamos a nos dedicar a Engenharia, Estatística, Economia, Relações Internacionais, Informática e Jornalismo. Admito que houve algumas divergências desnecessárias neste período, mas não somos mais meninos e nada conseguiu apagar o que vivenciamos.
Às 3 horas da tarde do dia 20 de julho de 2013, estávamos reunidos novamente.
Começou com o almoço, depois vieram os chopps e as histórias inesquecíveis da melhor fase das nossas vidas.

Nossas vidas mudaram muito, mas os sorrisos e os abraços continuam os mesmos.

É claro que esse reencontro não poderia chegar ao fim sem nenhuma pérola para guardarmos na lembrança: 
A senhora se aproxima da mesa e pergunta: "Vocês são da jornada?"
O amigo responde: "Sim, da jornada nas estrelas." 
Quem nos conhece já deve saber quem foi o autor da resposta.
Mas esse momento me fez lembrar do saudoso Douglas Nunes, que faleceu vítima de um câncer em 2009. Ele foi meu vizinho nos anos de 2006 e 2007, mas neste curto período, ele fez parte das raras reuniões do grupo, que na época já não contava mais com o Sanmer, Thiago, Gabriel e Max.
O Douglas era da Marinha, e por causa do corte de cabelo uma senhora bem idosa comentou no ônibus: "O seu cabelo parece com o de soldado." Ele olhou bem sério para a senhora e respondeu: "Eu sou soldado, o soldado universal!" Eu tive uma crise de risos. A partir daquele momento, ele deixou de ser o Douglas. Saudade do Soldado Universal... 

Já faz duas horas que o nosso encontro acabou, mas ainda estou embasbacado, com os olhos marejados e um sorriso infantil no rosto.
O dia do amigo nunca mais será o mesmo.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Quando a canção passa a ser sua

Quando ouço o Lifehouse ou o Switchfoot, coloco para tocar a discografia completa e sempre mato saudade das duas bandas na mesma época.
Neste fim de semana não foi diferente, pluguei o pen drive com as duas discografias no rádio do carro.
Estava na audição do quarto disco do Switchfoot, The Beautiful Letdown, lançado em 2003, mas quando chegou na oitava faixa do álbum, a animada "Gone", comecei a procurar o celular dentro do carro. Logo caiu a ficha, pois já faz dois anos que essa música não é mais o toque do meu celular. 
Com o advento das redes sociais e do whatsapp, as ligações entre amigos ficaram escassas. Quero dizer, eles sempre me ligam quando estou atrasado, o que acontece com bastante frequência. Como não atendo, eles ligam várias vezes, então o toque do celular tem que ser um som que me agrade.
Mas a exaustiva repetição das músicas me confundiu, pois quando ouvi a introdução de Gone ontem, demorei a entender que aquele trecho não era apenas o toque do MEU celular, e que originalmente a música é de uma banda que gosto.
Mas não é a primeira vez que isso acontece, já tive que devolver ao mundo outras canções incorporadas ao meu catálogo.
Sem muito esforço, lembrei de algumas, numa possível ordem cronológica que daria uma boa coletânea de rock, começando em 2008:

1)


2)


3)


4)


5)


6)


7)



domingo, 16 de junho de 2013

Feliz do ser humano que tem paixões e encantos

O título desta postagem foi um comentário feito pelo meu amigo da CBN Cláudio Carvalho, o famoso Gaúcho, no link de um vídeo que postei sobre o show do Chris Cornell. Me considero um cara com muitas paixões, por isso frequentemente ando em estado de encantamento por aí. Mas a paixão em questão é a música. Das bandas do meu top five, eu já fui ao show de quatro. Assisti a todas duas vezes: Pearl Jam (2005/2011), Stone Temple Pilots (2010/2011), Faith no More (2009/2011) e Oasis (2001/ 2009). Mas a número 1,  que eu considero a melhor banda do mundo, ainda não tocou no Brasil. Mesmo com quase três décadas de existência, o Soundgarden ainda não pisou em território tupiniquim. A banda, formada por Chris Cornell no vocal, Kim Thayil na guitarra, Ben Shepherd no baixo e Matt Cameron na bateria, é a principal responsável pela minha inserção no mundo da música. Quando montei uma banda, ainda na adolescência, a minha inspiração era o Cornell. Só  depois de algum tempo, aceitei que desafinava muito e nunca conseguiria cantar uma música do Soundgarden. Após 10 anos, foi a vez de querer tocar como o Matt Cameron. Comprei uma boa bateria. Já faz dois anos e até agora nada de conseguir tocar uma música do grupo.
Além de ser vocalista do Soundgarden, uma das bandas mais importantes do rock nas últimos três décadas, o Chris Cornell participou de outros projetos bem sucedidos, como o Audioslave e o Temple Of The Dog. Mesmo assim, ainda sobrou tempo para consolidar uma carreira solo, com quatro discos lançados.
Em dezembro de 2007, o Chris Cornell veio ao Brasil pela primeira vez, na turnê do segundo disco solo. No dia 12 daquele mês, o cantor fez um show no Rio de Janeiro, cantando músicas de todos os seus projetos. Eu fui, claro! Fiquei na primeira fila, perplexo, extasiado... Já na metade do show, ele veio em minha direção, então joguei para ele o meu chapéu. Ele segurou e colocou no pedestal. Durante toda a execução da música Be Yourself, o meu chapéu ficou pendurado no pedestal. Quando a música terminou, ele me devolveu. Na saída do Citibank Hall alguns fãs gritavam, em tom de brincadeira, que iriam roubar o meu chapéu. Como fiquei a poucos centímetros do Chris, tirei fotos espetaculares do show, que foram divulgadas em sites sobre música de diversos países. 




Na época, o orkut ainda estava em alta, e postei o link do álbum de fotos no tópico "Chris Cornell - Rio de Janeiro", da página oficial do cantor na rede social. No dia seguinte, o marcador de visitas do meu perfil registrava milhares de acessos, além de dezenas de solicitações de amizades. Ainda mantive contato com algumas pessoas até 2010, quando abandonei oficialmente o orkut. Como eu não sou capaz de analisar o show de uma forma imparcial, deixo o link da crítica feita pelo meu amigo e ótimo jornalista Marcos Bragatto: http://www.rockemgeral.com.br/2007/12/13/overdose-de-hits-leva-chris-cornell-a-fazer-show-de-duas-horas-e-meia/
Foi a melhor experiência musical da minha vida. O vídeo abaixo é o registro deste meu momento de catarse.



Ontem, nos reencontramos em um formato mais intimista, no Vivo Rio: a poderosa voz do Chris e o violão. No repertório, novamente ele fez um passeio por canções de todos os  seus projetos. Os ingressos iam de R$ 150,00 a R$ 750,00. Quanto mais perto do palco era a mesa, mais caro era o ingresso. Mas antes de tocar a primeira música do show, o Chris Cornell convidou todos a levantarem, para que se aproximassem do palco. Imagino a raiva de quem pagou R$ 750,00.
Mais uma vez não tenho aptidão para analisar o show de uma maneira sensata. Mas o Bragatto já publicou a crítica do show no site "Rock em Geral", com direito a foto registrada por mim: http://www.rockemgeral.com.br/2013/06/16/afiado/

Registrei boas fotografias e gravei dois vídeos:






O show teve 29 músicas e duração de duas horas e meia, com direito a um fã cantando no palco a música "Like a Stone", do Audioslave.
Mais uma noite encantada e inesquecível!

P.S: A minha admiração pelo Chris Cornell não é apenas por considerá-lo o melhor cantor da história do rock, vocalista da minha banda preferida ou por ser o músico mais influente do movimento grunge (essa afirmação está explícita no documentário Peal Jam Twenty). Em 2009, o Chris teve a atitude mais comovente que já vi por parte de um artista. Segue a notícia  publicada no site Cifra Club, no dia 21 de abril de 2009:
"Chris Cornell disponibilizou para download a música , feita em parceria com Rory de La Rosa, um fã do cantor.
De la Rosa perdeu a filha Ainslee, que tinha seis anos, vítima de câncer no ano passado. Pouco depois, ele foi diagnosticado com a mesma doença.
O fã quis entrar em contato com o cantor para dizer como a música de Cornell havia sido importante em sua vida e na ligação que ele tinha com sua filha.
O cantor se comoveu com a história e respondeu a mensagem. A correspondência dos dois resultou em um poema escrito por Rory de la Rosa que acabou transformado em uma canção.
I Promise it’s Not Goodbye pode ser baixada no site oficial do cantor gratuitamente. Na página há também um link para quem quiser fazer doações a Rory de la Rosa e sua família em memória de Ainslee e para ajudar com as contas do tratamento médico. "

Encerro esta postagem com a linda canção I Promise it’s Not Goodbye. As fotos do vídeo são da pequena Ainslee.


Já assisti este vídeo algumas vezes e nunca consegui chegar ao final sem estar com os olhos marejados.

Que venha o Soundgarden!

sábado, 15 de junho de 2013

Tiro, porrada e bomba!

Não posso abster-me da discussão sobre os recentes protestos que tomaram conta das principais cidades do país. Os meus amigos de longa data sabem que no ano de 2001, eu atuei como uma das lideranças dos secundaristas do PSTU no Rio. Na época, um projeto de lei tramitava na Câmara de Vereadores do Rio para acabar com o passe livre dos estudantes de escolas públicas. Com o apoio do DCE da Uerj, os alunos das escolas públicas (estaduais e federais) da Tijuca e adjacências foram às ruas juntos em diversas manifestações. Nunca, estou dizendo NUNCA, a direção do partido defendeu ou incentivou qualquer tipo de ato violento. Não me filiei ao partido e muito menos votei em algum candidato dele. Mas o PSTU nos deu na época toda o suporte que precisávamos para garantirmos o nosso direito, e não estou falando de pedras, barras de ferro e jet sprays. O partido só cedia o carro de som e os microfones. Fizemos muitas passeatas, todas pacíficas. 
Fui reprovado por faltas naquele ano, pois achava mais importante as reuniões com representantes dos outros colégios. Mas na última passeata do ano, convocaram escolas de todo estado do Rio de Janeiro. A passeata reuniu milhares de secundaristas. Estávamos na Av. Rio Branco, num fim de tarde ensolarado. Um grupo de alunos da Faetec de Marechal Hermes avistou um vendedor ambulante parado na calçada, aguardando a passeata. Os marginais, não posso chamá-los de estudantes, tiveram a ideia de saquear o ambulante e pegar todas as suas bebidas. Eu estava na fila do carro de som, pois seria o próximo a discursar. Poucas vezes na vida fiquei tão revoltado. Saí da multidão, pensei alguns minutos se valia a pena representar um grupo, que como em qualquer outro, era formado também por pessoas sem escrúpulos. Eu não tinha mais o que falar para aqueles milhares de jovens. Desejei naquele momento que o passe livre realmente acabasse, pois animais não precisam frequentar escolas. Voltei para casa decepcionado, com a sensação de ter jogado um ano da minha vida fora. Depois disso, nunca mais quis contato com os meus ex-companheiros. A única certeza que eu tive é que os responsáveis pelo partido ficaram tão decepcionados quanto eu. Hoje, um pouco mais velho, entendo que existem marginais em todos lugares. O protesto é legítimo, não podemos generalizar.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ter, ser ou nada?

Ter o controle das coisas, ser controlado por elas ou viver cheio de coisinhas? Busco incessantemente a primeira opção, mas acabo caindo na terceira. Até os meus dias de descanso são repletos de regras, horários, repulsas... Não duvido que as minhas leis me atrasam frequentemente, pois até passo por alguns curtos momentos de lucidez e enxergo que algo está errado. Mas não demora muito até voltar o meu espírito ditatorial. 
Nesta reflexão, puxei do fundo do baú alguns momentos surpreendentes da minha trajetória de quase balzaquiano. Como é bom sair de casa sem planos e vivenciar experiências incríveis. Foram muitas as viagens ou os encontros de mesa de bar que renderam histórias inesquecíveis. 
Recebi recentemente um conselho que achei engraçado no primeiro momento, mas que passou a fazer sentido no decorrer da conversa: "você precisa levar uma vida freestyle." Acredito que dizer mais sim do que não já seja um bom começo. Mas não será fácil deixar de decidir o local onde passarei um dia de descanso ou permitir que alguém troque a música que estou ouvindo no carro. 
O mundo é muito mais bacana do que carne vermelha, Soundgarden e Fórmula 1. Eu também devo ser mais bacana do que o Stalin.
Só não me ofereça peixe, comidas coloridas ou convide para assistir algo relacionado à humor. O resto vou tentar "de boa".

sábado, 4 de maio de 2013

Nada está tão ruim que não possa piorar

O meu primeiro estágio em jornalismo começou em abril de 2011, no programa Conexão, da Rádio Metropolitana AM. O programa era dirigido pelo respeitado jornalista Fabio Lau, que fez história no impresso e na TV como repórter investigativo. Lembro de uma bronca que levei dele, pois uma entrevistada levou o assunto para um lado muito mais forte e interessante no ponto de vista jornalístico, só que dizia respeito a algo que a fez chorar na minha frente. Fiquei comovido e terminei a entrevista. Quando apresentei a gravação, ele enlouqueceu. Se eu tivesse dado continuidade à conversa, com certeza, seria a parte mais importante da reportagem. Aprendi com o Fabio Lau que não existe pauta ruim, pois sempre há uma novidade que precisa ser descoberta. Mas eu sentia falta da experiência do factual ao vivo, então saí do programa Conexão no final daquele ano e fui para a Rádio Roquette Pinto FM.
Atualmente,  estou estagiando no Sistema Globo de Rádio (mas a realização deste sonho merece um post exclusivo depois). Há 20 dias, um ouvinte mandou um e-mail para a Rádio CBN relatando que explosões no terreno do Camboatá, onde o governo pretende construir o novo autódromo do Rio, estavam causando rachaduras em casas do bairro de Ricardo de Albuquerque. A Christiane Alves, chefe de reportagem da CBN Rio, encaminhou a pauta para o repórter Ricardo Ferreira e pediu que eu o acompanhasse na matéria. Fomos até Ricardo de Albuquerque, entramos em algumas casas, fizemos algumas entrevistas e o Ferreira fez um registro ao vivo no programa CBN Total.



Como sou apaixonado por automobilismo, acompanhei todas as notícias referentes à desativação do autódromo de Jacarepaguá e à construção do autódromo de Deodoro. Como a bronca que levei do Fabio Lau, há dois anos, me rendeu um bom ensinamento, não fiquei satisfeito com o resultado final da matéria, pois provavelmente algo muito maior estava por trás daquelas rachaduras. Eu e o Ferreira decidimos investigar com mais profundidade as denúncias dos ouvintes. Logo no segundo dia trabalhando o assunto, fomos surpreendidos com depoimentos impressionantes que nos encheu de gás para prosseguirmos com a matéria. Nos sete primeiros dias, trabalhamos o material paralelamente com as nossas obrigações na redação, colhendo material e depoimentos depois do expediente e nas folgas. Quando o Eduardo Compan, coordenador de jornalismo da CBN,  viu que já tínhamos praticamente um dossiê sobre o caso, ele autorizou que nos dedicássemos exclusivamente ao assunto do Camboatá, nos oferecendo a estrutura necessária para a realização da matéria. Até o repórter aéreo Genilson Araújo colaborou com a reportagem, registrando imagens aéreas do local.
A cada dia que passava, a reportagem ficava mais sólida e a nossa satisfação superava o cansaço devido ao trabalho exaustivo de pesquisa. Eu quase não dormi nos dias que antecederam a veiculação da primeira reportagem. Estava totalmente "adrenalizado".
Finalmente, chegou o dia da veiculação da primeira reportagem. A direção da CBN solicitou que a matéria fosse destaque da programação da rádio durante todo o dia 1º de maio. A reportagem foi veiculada em todos os programas da emissora neste dia, na rede e no local.



Logo após a primeira veiculação da matéria no Jornal da CBN, às 07h, percebemos que tínhamos feito um golaço, pois pegamos de surpresa todas as autoridades envolvidas e os outros colegas da imprensa. Nenhum outro jornalista do país tinha, ao menos,  10% do nosso material. O vídeo que fizemos com imagens e vídeos da denúncia foi acessado mais de 20 mil vezes  no YouTube nas primeiras 24 horas no ar: 

Como os jornalistas de outros veículos de imprensa não tinham a mínima ideia de como conseguimos o material, o jeito foi reproduzir o nosso  e dar o crédito à CBN.
Uma reportagem de apenas 5 minutos envolveu Prefeitura do Rio, Governo do Estado, Exército, Ministério do Esporte e Confederação Brasileira de Automobilismo.
O dia seguinte foi de coletivas de impresa, entrevistas e explicações. A repercussão foi enorme, principalmente em editorias de esporte e automobilismo.
No dia 03 de maio, ainda se especulava os explosivos, mas pegamos novamente todos de surpresa com a segunda parte da matéria, tratando do aspecto ambiental. Mais depoimentos exclusivos de especialistas e autoridades e mais entidades envolvidas: Inea, Ministério Público e Instituto Jardim Botânico. 



A ideia de dividir os assuntos em duas matérias funcionou perfeitamente, pois mudamos repentinamente o  lead dos nossos concorrentes de novo.
Falar que não estou orgulhoso seria hipocrisia. Fui parabenizado por pessoas que são minhas referências profissionais.
O resultado final foi muito mais expressivo do que imaginávamos no início do trabalho e a satisfação do dever cumprido com os ouvintes é enorme!
Se o jornalista buscar exclusivamente a verdade, ninguém poderá desmenti-lo. Neste caso, nenhuma autoridade teve como argumentar ou questionar as reportagens.

Não posso terminar essa postagem sem homenagear o Mestre Ricardo Ferreira. Mesmo  sendo um dos ícones do rádiojornalismo no Rio de Janeiro, ele me tratou sempre de igual para igual durante todo o tempo, confiando no meu potencial e aceitando minhas sugestões. Só um excelente profissional e um homem grande caráter dividiria uma matéria como essa com um estagiário que acabara de conhecer. Sou fã do Ricardo Ferreira há anos e nem nos meus melhores sonhos poderia pensar que, um dia, seríamos parceiros em uma reportagem tão importante. Melhor do que isso, é poder chamá-lo de amigo. Muito obrigado pela confiança! Que venha a próxima...


domingo, 14 de abril de 2013

Fui vítima das duas tragédias da vida

O dramaturgo irlandês George Bernard Shaw escreveu: "Existem duas tragédias na vida. Uma é perder o que o seu coração deseja. A outra é conseguir."
Esta é a minha citação favorita, pois encontro nela a explicação para algumas situações da vida. Qualquer escolha feita é acompanhada por uma série de renúncias. O difícil é mensurar o que realmente é o mais importante: um relacionamento, a companhia de amigos, a realização de um sonho ou uma conquista profissional. 
É possível conciliar tudo o que a vida oferece de bom? Eu não consegui. 
Me foquei na acontecimento mais recente, que é a realização de um sonho que havia anos que me acompanhava. A dedicação já me rendeu bons momentos. Ao mesmo tempo percebi que não teria chegado onde estou sem a participação do que renunciei. Então, esse é o preço da vida? O pagamento é caro e é impossível passar ileso por essa cobrança. 
A escolha já é a realidade. Agora me resta a obrigação de continuar focado, reordenando a vida a partir da minha decisão.
Voltando à citação, tomei conhecimento dela assistindo o seriado One Tree Hill (Lances da Vida). Todos os episódios da série terminam com os personagens utilizando citações, de autores famosos ou anônimos. A citação do George Bernard Shaw encerrou o episódio "A Maré Que Foi e Nunca Voltou", que é o último da segunda temporada. Além das citações perfeitamente encaixadas no contexto dos episódios, o seriado também é insuperável na trilha sonora, divulgando o trabalho de artistas novos. Mas este texto tem relação com apenas um trecho do episódio. Em apenas três minutos, os seis personagens principais dão significados diferentes a citação de George Bernard Shaw. Acredito que você vai se identificar com alguma das interpretações. 



Você sabe o que o seu coração realmente deseja?


sábado, 13 de abril de 2013

O endereço mudou, mas o autor é o mesmo

De novo?
Mais um?
Será que esse cara não cansa de criar blogs?
Opa, estou de volta!
Criei o meu primeiro blog há 10 anos, no endereço www.renatotupa... blig? weblogger? blogger? blogspot? Ah, foram tantos que nem lembro.
Talvez a única novidade desta vez seja o endereço "cantharino". A medida faz parte do processo de abandono do meu apelido de infância como assinatura virtual. Continuo sendo "Tupã" para muitas pessoas, principalmente para as mais próximas. Não posso renegar um apelido de mais de duas décadas que está presente na minha única tatuagem. Mesmo "Tupã" não sendo um apelido comum, gosto de ser tratado como o "Cantharino", pois me soa mais autoral. Deve ser por causa do "h". Se é verdade que o Facebook é o mundo, posso dizer que sou o único Renato Cantharino do universo.
Mas além do autor repetido, o nome do blog, Campo Minado, é o mesmo do anterior. Essa escolha nem foi por falta de criatividade, pois acho que este título tem tudo a ver com os meus textos. Só não me pergunte se isso é bom ou ruim. Já que falei da primeira versão do Campo Minado, admito que me arrependi após a exclusão do antigo blog. Ele ficou ativo de janeiro de 2011 a março de 2013. Como sou saudosista por natureza, os textos antigos me causavam momentos nostálgicos que nem sempre eram bons.
A frequência de postagem dos novos textos deve continuar a mesma dos meus blogs anteriores, que era de três por mês.
Eu não sou muito democrático, mas fiquem à vontade para comentar os meus devaneios. Não é preciso logar em alguma conta ou se identificar. É só digitar e clicar em "enviar".
Obrigado pela visita!
Até!

Obs. 1: Criei novos endereços em redes sociais também. Agora no Twitter você me encontra como @RCantharino e no Instagram eu sou o @cantharino


Obs. 2: Não tenho muita certeza, mas acredito que esta música do Jay Vaquer foi a principal inspiração para a escolha do título do blog: